RESUMO
Diversos estudos investigaram os efeitos do treinamento contínuo moderado em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Por sua vez, o treinamento intermitente(TI) tem se mostrado eficaz no tratamento desses sujeitos,uma vez que permite intensidades mais altas de exercício.No entanto, a intensidade ideal para se obter os melhores benefícios de um programa de treinamento ainda não está estabelecida. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi revisar na literatura estudos que utilizaram oTI em pacientes com IC, resumir os achados desses estudos e identificar áreas para investigações futuras.Foram encontrados e analisados sete ensaios clínicos randomizados (ECR), envolvendo 417 pacientes (347homens). Todos os ECR indicaram melhoras em virtude do TI no programa de reabilitação dos pacientes com IC, e nenhum evento cardíaco foi registrado durante arealização dos exercícios. Apesar da grande variação encontrada no modelo de prescrição da intensidade do exercício, o TI parece ser uma estratégia interessante no processo de reabilitação dessa população. Mais investigações são necessárias para padronizar o modelo de prescrição e identificar qual, ou quais as intensidades mais adequadas para a prescrição de programa de treinamento físico ideal para pacientes com IC.
Many studies have investigated the effects of moderate continuous training for patients with heart failure. Intermittent training has also proven effective in the treatment of these subjects, as it allows higher intensity exercise. However, the optimal intensity for obtaining the greatest benefits from a training program has not yet been established. In this context, the purpose of this paperis to review the literature on studies using intermittent training in patients with heart failure, summarizing their findings and identifying areas for future research. Seven randomized controlled trials were found and analyzed,involving 417 patients (347 men). All the trials showed improvements resulting from intermittent training in there habilitation programs of patients with heart failure,with no cardiac events recorded during the exercises. Despite the wide variation in the exercise intensity prescription models in the studies, intermittent training seems to be an interesting strategy for the rehabilitation of this population. Further investigation is needed to standardize the prescription model and identify the most appropriate intensities for physical training programs working with heart failure patients.